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Em tempos de pandemia, financiamento de imóvel cresce 8,2%

Em tempos de pandemia, financiamento de imóvel cresce 8,2%

Números divulgados pelo mercado essa semana mostram que, mesmo com toda a crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o sonho da casa própria permanece vivo entre os brasileiros. E o momento é favorável para o investimento em imóvel – por uma conjunção de fatores –, dizem os especialistas. 

Segundo dados da Associação de Entidades de Poupança e Crédito Imobiliário (Abecip), os recursos captados na caderneta do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em maio aumentaram 6,5% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 7,13 bilhões. Este é um aumento de 8,2% em relação ao mesmo mês de 2019. A quantidade de fundos fornecidos em maio (o segundo mês completo sob isolamento social) é quase a mesma de janeiro (o tempo antes do isolamento). Nos primeiros cinco meses de 2020, os empréstimos para aquisição e construção de imóveis aumentaram 23,2% em relação a 2019, atingindo R$ 34 bilhões. 

Para a presidente e economista da Abecip, Cristiane Portella, os resultados “surpreendentes” se devem a três fatores: taxas de juros “atraentes”, boa ofertas e progresso de quem já está pesquisando. Segundo ela, a recuperação do mercado em 2019 aumentou 30% em relação a 2018, e a melhor estimativa para este ano subiu para 32%. A taxa de crescimento foi de 23%, 10% abaixo do esperado, mas “melhor do que o esperado durante a pandemia”.

Por meio da assessoria de imprensa, a Caixa Econômica Federal informou que, no primeiro semestre de 2020, o número de contratações atingiu R $ 48,2 bilhões, um aumento de 21,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em junho, o montante total da agência de financiamento habitacional atingiu R$ 11,1 bilhões, “mantendo uma posição de liderança no mercado imobiliário”.

A medida mais recente anunciada pela Caixa, permite incluir as custas cartorárias e de transferência do imóvel no financiamento, como também expandir os canais de crédito de produção (CNPJ), reduzindo o volume mínimo de vendas e executando projetos contratados com antecedência.

Já o Santander oferece a menor taxa para financiamento de imóvel do mercado, 6,99%, informou por telefone o superintendente de Negócios Imobiliários para o Brasil, Caio Sallum. Segundo ele, essa “não é a primeira vez” que o banco toma a dianteira do mercado, puxando para baixo os juros nessa área. “Fomos o primeiro a oferecer crédito para imóvel com juros abaixo de dois dígitos, primeiro 9,99%, depois 8,99%, 7,99% e agora fizemos esse movimento de baixar para 6,99%. Desde o início da pandemia o Santander se posicionou muito rápido, oferecendo pausa nos contratos em andamento, com direito a uma primeira prorrogação. Depois essa demanda diminuiu”.

Sallum disse ainda que “Há um novo panorama na economia brasileira. Com a Taxa Selic [juros oficiais] em 2,25%, a compra de imóvel se tornou um investimento interessante como constituição de patrimônio, uma forma também de fugir do aluguel. Isso sem falar que esse é um setor responsável por girar o motor da economia, daí a importância das medidas”.

Especialistas dizem que, com a Selic em baixa e a queda do rendimento de tradicionais produtos de renda fixa, o investimento imobiliário (taxa de retorno anual de cerca de 5%) é mais uma vez atraente. Até o investimento em poupança, que levantou 30,3 bilhões de reais em maio, estabelecendo um novo recorde mensal no recorde histórico desde 1994.

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